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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Queimadas afetam qualidade do ar da Região Sul...

Estamos no início da estação das queimadas no cerrado brasileiro, neste período, a baixa umidade do ar faz com que qualquer fagulha se transforme facilmente em uma grande frente de fogo. O problema não se restringe ao território brasileiro, é enorme a quantidade de focos de fogo neste momento na América do Sul. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que em 24 horas, entre os dias 20 e 21, foram anotados 9770 focos no Brasil, 3834 na Bolívia, 1083 na Argentina e 711 no Paraguai.

As queimadas liberam enormes quantidades de material particulado, monóxido de carbono e até gases que causam chuva ácida. Tanto que no dia 12 de agosto, alguns pontos da cidade de Porto Alegre e outras cidades do interior gaúcho foram atingidos por uma chuva acompanhada de uma fuligem de cor alaranjada, fenômeno que já pode ser considerado uma “chuva ácida”.

Segundo especialistas do INPE a fuligem de queimadas chegou à Região Sul transportada por massa de ar oriunda do Centro-Oeste do país e do Paraguai e Bolívia. Parte dessa massa de ar, carregada de produtos de queimadas, dirigiu-se para o sul e leste indo de encontro a uma área de instabilidade com chuva, onde se localizava uma frente fria que avançava sobre a Região Sul do País. A chuva ao atravessar as áreas poluídas precipitou também a fuligem de queimadas composta de material particulado fino. Além disso, é fácil perceber a névoa que cobre Porto Alegre nos últimos dias, deixando o sol avermelhado ao entardecer.

Apesar de belo, o espetáculo revela uma situação crítica e perigosa. A poluição pode trazer uma série de problemas como doenças respiratórias, agravamento de quadro alérgico e rinite. Aumentando o número de hospitalizações e mortes, particularmente de crianças e pessoas idosas.

Praticamente todas as queimadas são causadas pelo homem, por isso são importantíssimas as campanhas para impedir essa prática na agricultura e para que cigarros acesos não sejam jogados em pastagens secas ao longo de estradas.