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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O destino dos pneus usados...


Desde 1999, as indústrias de pneus brasileiras têm que dar uma destinação ambientalmente correta para os pneus usados, graças à resolução 258 do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Desde então, as empresas são obrigadas a correr atrás para tentar conseguir aproveitar e sistematizar a coleta de pneus.




Na natureza, o passivo ambiental de um pneu é caro. O produto pode demorar muito para se decompor naturalmente. As estimativas chegam a 600 anos até ele virar pó. Além disso, quando queimado ao ar livre, o pneu solta uma fumaça negra, que é poluente. No leito dos rios, eles atrapalham o fluxo natural das águas. E jogar pneu fora, em qualquer lugar, depois de recauchutá-lo várias vezes, parece ser uma prática indiscriminada. Apesar de não haver um dado oficial ou sistematicamente pesquisado, as estimativas são de 30 milhões de pneus jogados por ano.




Por outro lado, o Brasil é um grande reformador de pneus, só perdendo para os Estados Unidos em termos de faturamento e volume. O setor gera uma receita de R$ 5,6 bilhões ao ano. Cerca da metade dos pneus usados é reaproveitada, são os chamados pneus meia-vida. Entre as razões para o sucesso da reforma ou recauchutagem, obviamente, está o poder aquisitivo, ou melhor, a falta de poder aquisitivo do brasileiro.




De qualquer modo, há ainda o chamado pneu inservível, que não pode ser recauchutado ou reformado. Uma destinação para ele é o grande desafio não só no Brasil como no resto do mundo. Segundo a Anip, desde a publicação da resolução, em 1999, até 2007, foram 700 mil toneladas de pneus reaproveitados de várias formas, como componente energético, matéria-prima para outros produtos, etc. Esse número equivale a 139 milhões de pneus de automóveis, o que dá cerca de 18 milhões por ano. Obviamente, ainda é muito pouco, se lembrarmos a estimativa de 30 milhões de pneus jogados fora por ano.



2 comentários:

  1. Creio que mesmo sendo um pneu reaproveitável enfrentamos o empecilho da destinação dele, principalmente no nosso país que a coleta seletiva raramente passa dos 20%.

    Att.
    Bruno Steyer (Vice-Presidente CAEA)

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  2. Uma potencial destinação dos pneus é enviar para cimenteiras! Como eles têm alto poder calorifico, podem ser usados para se substituir o combustivel utilizado (seja madeira, carvão etc). Isso, claro, quando eles não podem mais ser recauchutados. Essa possibilidade pode ser bem interessante para as cimenteiras que ganharia dinheiro do fabricante de pneu e economzariam por usar menos combustivel...

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