Uma reportagem do jornal The New York Times, de 2007, comenta sobre o uso da energia solar como alternativa energética (pelo menos nos EUA), em tons de realidade nua e crua. Fato: para tornar a energia solar uma escolha generalizada da população e da economia, é preciso mais investimento em ciência e tecnologia, para que seja aumentada a eficiência da conversão dos raios solares em eletricidade, traduzida em números razoáveis economicamente.
Atualmente, com as técnicas disponíveis no mercado, possuímos uma limitação teórica máxima de aproveitamento energético que gira em torno dos 20%. Iniciativas individuais (os painéis caseiros) não devem ser desestimuladas, mas para fazer grandes indústrias e cidades inteiras utilizarem a energia solar ao invés de energias convencionais, é preciso muito mais que os painéis que temos hoje no mercado. Pensando em macroescala, a tecnologia adequada ainda precisa surgir.
No caso do Brasil, um país predominantemente tropical, com sol 365 dias ao ano, a energia solar é muito bem-vinda. Porém, apenas 50 cidades têm legislação para aplicação deste tipo de energia, entre elas São Paulo, Avaré (SP), Peruíbe (SP), Porto Alegre (RS), Juiz de Fora (MG), Belo Horizonte (MG) Campina Grande (PB). Os dados são do Cidades Solares, que fomenta a tecnologia e divulga informações sobre o tema.
Se pesarmos o valor do investimento para instalações residenciais, que está em torno de R$5.000,00, a longo prazo ele se pagará, mas ainda assim seu custo é muito elevado. Já nas residências populares, os programas de incentivo utilizam tecnologia barata (em torno de R$300,00), para montar os painéis de aquecimento solar com embalagens tetrapack e garrafas PET, diminuindo a conta de luz em até 40%.
Cremos ser atualmente esta a melhor forma de aproveitamento solar, a utilização de painéis que visem o aquecimento da água ao invés da geração de energia elétrica, uma vez que seu custo é bem menor devido a baixa tecnologia demandada e sua instalação se paga em torno de 6 meses após implementada. O retorno do investimento é tão imediato pois dados do Procel mostram que chuveiros respondem por 24% do consumo residencial e chegam a consumir 50% da carga energética em horários de pico, entre 18h e 21h. Ao substituir a energia elétrica por aquecimento solar, deixa-se de sobrecarregar a rede e economiza-se na conta.
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